Bullying é uma situação caracterizada por atos agressivos
verbais ou físicos de maneira repetitiva por parte de um ou mais alunos contra
um ou mais colegas. O termo inglês refere-se ao verbo “ameaçar, intimidar”.
Grande parte
das pessoas confunde ou tende a interpretar o bullying simplesmente como a
prática de atribuir apelidos pejorativos às pessoas, associando a prática
exclusivamente com o contexto escolar. No entanto, tal conceito é mais amplo. O
bullying é algo agressivo e negativo, executado repetidamente e ocorre quando
há um desequilíbrio de poder entre as partes envolvidas. Desta forma, este
comportamento pode ocorrer em vários ambientes, além da escola: em
universidades, no trabalho ou até mesmo entre vizinhos.
Basicamente, a prática do bullying se concentra na combinação entre a intimidação e a
humilhação das pessoas, geralmente mais acomodadas, passivas ou que não possuem
condições de exercer o poder sobre alguém ou sobre um grupo. Em outras
palavras, é uma forma de abuso psicológico, físico e social.
No ambiente
de trabalho, a intimidação regular e
persistente que atinge a integridade e a confiança da vítima é caracterizada
como bullying. Entre vizinhos, tal prática é identificada quando alguns
moradores possuem atitudes propositais e sistemáticas com o fim de atrapalhar e
incomodar os outros.
Falando especificamente do ambiente escolar, grande parte das agressões é psicológica,
ocasionada principalmente pelo uso negativo de apelidos e expressões
pejorativas criados para humilhar os colegas. O papel da escola é informar aos
professores e alunos o que é e deixar claro que o estabelecimento não admitirá
a prática – “prevenir é o melhor remédio”. A atuação dos professores também é
fundamental. Há uma série de atividades que podem ser feitas em sala de aula
para falar desse problema com os alunos. Pode ser tema de redação, de pesquisa,
teatro etc. É só usar a criatividade para tratar do assunto.
Claro que não se pode banir as brincadeiras entre
colegas no ambiente escolar. O que a escola precisa é distinguir o limiar entre
uma piada aceitável e uma agressão. Ao perceber o bullying, o professor deve
corrigir o aluno. Em casos de violência física, a escola deve tomar as medidas
devidas, sempre envolvendo os pais. Bullying
só se resolve com o envolvimento de toda a escola - direção, docentes e aluno -
e a família.
Serviço de Orientação Educacional e
Psicologia Escolar.
Bullying causas e conseqüências
Bullying, este assunto vem pedindo cada vez mais a atenção
das pessoas, pois a cada dia que passa fica mais sério. Segundo especialistas,
muitas podem ser as causas que levam uma criança ou jovem a cometer bullying.
Por exemplo:
- Reflexo do temperamento impulsivo e agressivo da criança.
- Preconceito, inveja e ciúme
- Medo de virar piada e ser o alvo da rejeição
- Egocentrismo, falta de sensibilidade e desejo de atenção
- Ambiente familiar ruim
- Nunca receber a orientação de não maltratar
- Baixa auto-estima
- Desejo por controle e poder
As consequências para as vítimas muitas vezes são:
- Medo, ansiedade e estresse
- Baixa auto-estima
- Queda no rendimento escolar
- Síndrome de pânico
- Se juntar a gangues ou grupos de ódio para se sentir
aceito
- Automutilação para aliviar a dor causada pelo sofrimento
emocional
- Buscar conforto nas drogas
- Necessidade de vingança
- Suicídio
É muito importante prestar bastante atenção nos seus filhos,
observar o comportamento deles. Neste caso, identificar rápido quando seu filho
esta com problemas na escola vão evitar conseqüências mais graves. Se o seu
filho apresenta, desinteresse pela escola, transtorno do pânico, depressão,
anorexia, bulimia, fobia escolar, fobia social e ansiedade generalizada. O caso
pode ser ainda muito mais grave como: homicídio e suicídio. Especialistas
explicam que o primeiro passo para evitar problemas é a orientação. Converse
com seus filhos e os oriente para falar com um adulto assim que perceberem que
as brincadeiras estão cada vez mais agressivas e freqüentes. Muitas crianças se
fecham por causa das ameaças constantes, ou até mesmo, não contam aos pais para
não causar uma decepção por estarem sendo frágeis. É por isso que é tão
importante que os pais observem seus filhos de perto. Os pais devem manter uma
relação de amizade e confiança com seus filhos. Devem ensiná-los a ter uma boa
comunicação com seus professores e orientadores.
Essa palavra de origem
inglesa é utilizada para qualificar comportamentos agressivos no âmbito
escolar, praticados tanto por meninos como por meninas. Os atos de violências
nestes casos são intencionais e repetitivos, podem ser contra um ou mais
alunos, que normalmente não conseguem reagir as agressões sofridas. Como isso
acontece? Os mais fortes usam os mais “frágeis” para se divertir e obter prazer
enquanto maltratam, intimidam e amedrontam as suas vítimas. A internet é um dos meios usados para se realizar
o Bullying.
Existem diversos tipos de bullying. Por exemplo:
Bullying Físico
- Bater, dar tapas, chutar.
- Tomar, roubar, danificar pertences
- Beliscar
- Atacar com comida ou cuspe
- Ameaçar e assumir linguagem corporal intimidadora
Bullying Verbal
- Dar apelidos ofensivos
- Insultar e fazer comentários racistas e humilhantes
- Provocar de forma repetitiva
- Ameaçar e intimidar
- Cochichar sobre a pessoa pelas costas
Bullying Social
- quando se destrói ou manipula relacionamentos por
exemplo, quando se coloca um amigo contra o outro.
- Fofocar, espalhar rumores maliciosos e cruéis sobre a
pessoa.
- Rejeitar ou isolar a pessoa do grupo
- Constranger ou humilhar um colega na frente de
outras pessoas
- Pichação ou bilhetes com mensagens ofensivas
- Divulgar informações dolorosas e destrutivas pela
internet.
- Espalhar fofocas, postar vídeos e fotos constrangedoras
- Criar sites para humilhar e envergonhar
determinadas pessoas.
- Passar- se pela vítima com um perfil falso para denegrir
sua imagem
- Espalhar mensagens de celular com conteúdo maldoso
- Fazer a vítima ter a sensação de não ter mais saída
LEIA O LIVRO :
MENTES PERIGOSAS NA ESCOLA
Em Bullying Mentes Perigosas nas Escolas, a Dra. Ana Beatriz faz uma análise profunda sobre um dos tipos de violência cada vez mais noticiado, que precisa com urgência ser combatido. "Além de os bullies - os agressores - escolheram um aluno-alvo que se encontra em franca desigualdade de poder, geralmente este também já apresenta uma baixa autoestima. A prática de bullying agrava o problema preexistente, assim como pode abrir quadros graves de transtornos psíquicos e/ou comportamentais que, muitas vezes, trazem prejuízos irreversíveis. No exercício diário da minha profissão, e após uma criteriosa investigação do histórico de vida dos pacientes, observo que não somente crianças e adolescentes sofrem com essa prática indecorosa, como também muitos adultos ainda experimentam aflições intensas advindas de uma vida estudantil traumática", alerta a psiquiatria.