Um Projeto Puxa Outro
Descobri o
Projeto Ler é Bom - Experimente!
Quando tudo começou...
2005
PROJETO SACOLÃO DA LEITURA
LEVANDO UMA GERAÇÃO
A DESCOBRIR O PRAZER
DE LER
LER OBRAS JUVENIS OU BEST-SELLERS
É APENAS O COMEÇO DE UMA LONGA
E PRODUTIVA CONVIVÊNCIA
COM OS LIVROS.
ESSA É A LIÇÃO QUE ANIMA
OS JOVENS A SE AVENTURAREM
NA BOA LITERATURA ATUAL
E NOS CLÁSSICOS.
Bruno Meier
OS CAMPEÕES DE 2011
PARABÉNS!
PARTICIPARAM DO PROJETO LER E BOM,
REDIGIRAM CRÕNICAS INTERESSANTES
E
GANHARAM LIVROS DO AUTOR:
LAÉ DE SOUZA
"Nada substitui o prazer quase carnal
de colocar um livro
nas mãos, virar suas páginas e
sentir seu cheiro."
Tony Ramos
A verdadeira formação leitora
é aquela que coloca o seu talento
em movimento, através do
conhecimento, da interpretação,
além de posicionar-se criticamente
sobre qualquer assunto.
Felizes estão os jovens leitores,
do 6º ano, CMAC - Feirinha - BA,
os quais participaram do
Projeto Ler é Bom- Experimente!
Quem teve a crônica selecionada, recebeu
um livro do autor Laé de Souza.
O que faz um projeto ser cada vez
mais fantástico é a sua visão
empreendedora e criativa...
THAYNÁ.
TERÁ SEU TEXTO PUBLICADO NO LIVRO
" AS 50 MELHORES CRÔNICAS",
SELECIONADO ATRAVÉS DO CONCURSO,
PROJETO LER É BOM- EXPERIMENTE!
lAÉ DE SOUZA
A persistencia e a valorização do trabalho
em equipe
se tornaram ferramentas essenciais
para vencer os incontáveis obstáculos,
fazendo com que o resultado seja
uma energia
motivadora que se renova a cada dia para
cumprir a missão de educar...
A propaganda da leitura é dinâmica!
Os estudantes utilizam personagens
de programas humorísticos,
para divulgar o livro lido.
Um livro puxa outro, não há dúvida!
A CADA DIVULGAÇÃO DO LIVRO
A CRIATIVIDADE SURPREENDE:
PARÓDIAS, DANÇAS, COMÉDIAS,
DESFILES, TEATRO COM FANTOCHES,
DRAMATIZAÇÕES E RECITAL...
Quem gosta de LER, reconhece
que um bom texto
AINDA É, para a vida pessoal
e profissional, uma ferramenta
DECISIVA.
A valorização da leitura
promove um convívio interdisciplinar,
como também, objetiva reunir
os discentes e docentes em
torno dos LIVROS...
Desfile das "gatas" 100% leitoras
UM LIVRO PUXA OUTRO
Se o ponto de partida é ...
... O VAMPIRO QUE DESCOBRIU O BRASIL
l
.
Recomendo para alunos e professores esse excelente livro de
Ivan Jaf. Conta a história de Antônio Brás, um comerciante português, proprietário de uma taberna que funcionava no porto da praça principal de Restelo, perto de Lisboa. Numa noite fria de inverno, quando encerrava mais um longo dia de trabalho, Antônio foi atacado por um comandante. O mesmo cravou-lhe os dentes no pescoço deixando-o caído ao chão e com o sangue escorrendo pelo corpo.
Após o incidente sentia-se, disposto, e cheio de energia, mas estranhava o fato de não conseguir comer e nem beber nada. A partir do terceiro dia, o sol afetava estranhamente sua pele, o corpo doía e começava a enfraquecer.
Ao devorar uma ratazana, Brás retoma sua força e com ela a consciência do que acabara de fazer, e em meio ao pavor da situação, conhece Domingos, o qual lhe dá a notícia de que, assim como ele, Antônio agora era um vampiro. Domingos explica que Antônio fora atacado pelo Velho, o mais poderoso dos vampiros, o único capaz de entrar num corpo humano.
E o Velho estava no corpo do comandante, pois ele tinha a intenção de fazer parte da caravela rumo a conquista portuguesa do monopólio do comércio com as Índias. Só havia uma maneira de reverter a situação de Antônio, era preciso espetar uma estaca de carvalho no coração do vampiro que lhe atacou e aspirar as cinzas em que o corpo se transformaria. Seria difícil encontrar o Velho no meio daquela multidão, ainda mais sem saber em que corpo se escondera, mas sabia que estaria no corpo de alguém importante, nos momentos históricos decisivos.
Naquele momento, todas as atenções da Europa estavam voltadas ao evento de despedida da armada de Cabral rumo as Índias. E era ali, naquela embarcação que poderia estar o vampiro. Assim, Antônio dá início à caçada ao Velho e embarca junto com a armada de Cabral.
Em 22 de abril de 1500 chegaram a uma terra estranha, com pessoas de pele marron, limpos e felizes, cobertos por penas coloridas, pintados, andando nus e conversando com as aves. A armada de Cabral levantou âncora e agora Antônio estava preso ali, mas com certeza, o Velho também estava. Passou então, a viver isolado numa caverna, aprendendo a ser vampiro.
Durante os próximos 500 anos aprenderia a viver entre a sociedade, estudando os disfarces de um vampiro e de como reconhecê-lo dentro de outros corpos. Antônio vivia em busca do encontro com o vampiro responsável por sua indesejada imortalidade e seu único objetivo era voltar a sua velha situação. Queria voltar a sua vida normal, beber seu vinho tinto rascante e deliciar-se com as lascas de bacalhau frito no azeite.
Logo que desembarcou em terra, Antônio teve seu primeiro encontro com o Velho, que estava no corpo de um frei também vindo na esquadra de Cabral. Não obteve sucesso, mas existiriam outros encontros e ele não desanimava facilmente. Os anos passavam e ao mesmo tempo, aconteciam fatos históricos importantes, nos quais o tão procurado vampiro deveria estar presente.
Depois de Cabral, Brás acompanha toda a história do Brasil. Mas não entendia e nem se importava com tudo o que ocorria em sua volta. Mas foi durante a Invasão Holandesa ao país que teve seu segundo encontro com o vampiro, novamente em vão, o qual estava no corpo de Calabar, um revoltoso que traiu o Brasil para ficar ao lado dos holandeses.
Antônio circula por várias regiões brasileiras, vai de Salvador a Recife, passa por Vila Rica, Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília. Durante sua incessante caçada, nas quais encontra vestigios do Velho e por algumas vezes, quase consegue pegá-lo, o país passa por um longo processo político e econômico e Brás presencia os acontecimentos que marcaram a história das relações políticas e externas do Brasil. Desde a exploração do pau-brasil, o início da colonização e escravidão, exploração de minérios, abolição da escravatura, o golpe militar de 1964 e todo o processo em que passa o país com o progresso e decadência da ditadura militar até a abertura política, inclusive o movimento das Diretas Já.
Durante 500 anos o imortal Antônio Brás, cada vez mais habituado a condição de vampiro, vive em meio as questões econômicas e sociais ocorridas ao longo de todo o processo histórico brasileiro. Em janeiro de 1999, Antônio planeja uma armadilha e marca um encontro com o vice-presidente do país, o qual fora reeleito e tomara posse há poucas semanas. Depois de cinco séculos de perseguição chegava a hora de acabar com o vampiro que havia lhe mordido e recuperar sua mortalidade. Finalmente o ritual foi concluído e, depois de aspirar as cinzas do Velho, Antônio Brás pode voltar a comer lascas de bacalhau frito no azeite e beber suas taças de vinho tinto rascante.
Somente um imortal para acompanhar toda a história do Brasil, desde o seu descobrimento até os dias atuais. Durante 500 anos, Antônio teve oportunidade de conhecer várias culturas e comportamentos que foram mudando com as diferentes etapas da história do país. Presenciou a evolução, o crescimento e todo o processo político e econômico da nação, bem como as diferenças sociais existentes até hoje.
Achei a idéia de usar um vampiro fantástica, porque só assim tivemos um personagem principal que atravessasse tantos séculos. Particularmente, gostei bastante do livro e da figura do personagem principal, que conseguiu se preservar não se alimentando de outras pessoas. O humor foi utilizado de forma sutil, o que deu ao livro um ar mais leve. O desfecho final foi muito bom, provando que o autor sabe usar muito bem o mistério.
O texto é bem agradável, e traz uma História do Brasil bem diferente daquela que estamos acostumados nos livros "oficiais". Vale a pena ler um livro onde o vampiro não é apaixonado por humanos, como tantos que estão na moda, e sim apaixonado pela humanidade, e também por um bom vinho e bacalhau.
É mais uma grande contribuição para a historia do nosso país.
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Laé de Souza, o descobri em 2010...foi fantástico...pena que tive problemas de saúde e familiares, interrompendo nosso trabalho...estávamos ensaiando um teatro para a finalização do trabalho de meses.
ResponderExcluirAmei, me apaixonei pelo trabalho desenvolvido por ele.